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01 junho, 2007

Coroa de louros


Vitórias?
Tantas ou tão poucas...
Derrotas? As por W.O. Contam?
Na vida aprendemos melhor a perder do que ganhar. Não porque as vitórias sejam poucas, mas talvez porque se tenha medo do inseto da soberba que alcança alguns vitoriosos.
Mas não se enganem, é doce o sabor das vitórias, embora o real vencedor seja aquela que não se abale quando não o tenha.

Não se vence sempre... se assim o fora que graça teria a competição?
Vitórias e derrotas não deveriam abalar a estrutura interna que nos forma.
O que deveria abalar era a insensilidade de quem diz querer mas não quer.
De quem pensa somente em si esquecendo que todos somos formados da mesma matéria: carne, sangue e sentimentos.
O que deveria abalar era a extrema sensibilidade de uns que consomem a própria vida pensando unicamente nos outros e não em si.
O que deveria abalar era a falta de equilíbrio.
O que deveria abalar era o dia de ontem que não foi vivido e o amanhã que é esquecido, desistido.

Mas perder ou ganhar? Não... perder não devia abalar. Ganhar não devia mudar um ser.
Assim são os fortes... Não se abalam.

Sou forte? Não, sou aprendiz.
E vejo as histórias indo e vindo diante de mim. E no fim, eu conheço as histórias, porque a eternidade é meu tempo. O infinito é minha idade e a humanida, bom, essa não muda nunca.
Por isso, o que realmente chama atenção não são os valorosos vencedores, mas aqueles que não desistem. Gente insana e com tantos defeitos que é completamente incapaz de desistir da milhonézima chance a qual tenha direito.

Eu? Aprendiz... um passo de cada vez, tentando me agarrar as minhas possibilidades, crendo que um dia aprenderei a ser perseverante. Nunca desistindo de viver, nunca esquecendo dos meus muitos defeitos que fazem do meu caminhar um eterno reinventar.

É no reinventar-se que encontramos o pódio da vida. Defeitos tenho aos montes. São nos nossos defeitos que somos únicos - jamais encontrarão outra igual a mim. E ter ciência disso me torna ser, existente e consciente. Isso é um acerto de vida! Erro? Somente quando outorgamos a outro alguém a conquista do supremo direito de nos dizer aonde ir. Os passos são nossos, com ou sem pódio vitorioso é quem vai, quem vive, quem segue o seu próprio caminho.


Aos vencedores? Parabéns e coroas de louro!
Aos que nunca desistem... a esses sim: A VITÓRIA.


No fim, percebe-se que no pódio os lugares se invertem.
Pois quem ganha é quem sai inteiro da luta e não com uma simples coroa de louros!


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