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10 maio, 2010

Da chuva e da seca... da vida!



LATÊNCIA

Cau Alexandre

Verte o coração a lágrima quente
Chove na terra do sentimento
Nuvem cinza, tristeza líquida
Não há luz, não há certeza

Se é dia ou se a noite já chegou
Na terra ensopada, empapada de querer
Os pés fundos na lama plantam
Tristeza, incerteza, dormência e espera

Sentidos dolentes, de barro sujos
Largando pequenas sementes no vão do tempo
E a esperança cobriu a terra até céu secar

Corpo ardente, sereno sentimento desabrocha
Desperta das profundezas a certeza
Que nem a dor dura para sempre




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