Páginas

22 agosto, 2005

Dia novo

OIIIII.... BOM DIAAAAAAAAAAAAAAAA!!!!!

Hoje amanheci com aquela sensação de "dia novo".
Aquela que você sente quando as coisas podem nem ir tão bem, mas há uma razão pra acreditar que o dia vai ser melhor (nem olhei a tv hoje, é verdade, pra não perder a sensação logo tão cedo... ergggg).

Acho que foi uma conversa com um amigo. Infelizmente o vi tão tristinho... meio só... e lembrei de mim mesma há um tempo atrás. Às vezes ficamos assim. Precisamos de colo, carinho, alguém que segure nossa mão e diga "vai ficar tudo bem". Mesmo que a gente nem acredite. Mas e quando falta essa pessoa (ou essas)? E quando você estão tão "ensimesmado" que não consegue sequer contar como se sente. Se instala a solidão. O medo de dividir com alguém o que se sente, por vergonha de se sentir assim, ou por não confiar, pra não encher os amigos, já que cada um já tem seus próprios problemas, ou ainda, por não sentir que alguém realmente se importe.

Importar-se... eis um sentimento meio escasso hoje em dia. Lembro de uma situação relatada por uma professora que morou alguns anos na Alemanha. Ela conta que um dia, já lá pelo segundo ano de sua estadia, chegava no apartamento onde morava um tanto cansada, depois de um dia difícil. Passando pelo corredor que dava acesso ao apartamento encontrou uma vizinha, conhecida. cumprimentaram-se e, como é hábito (principalmente nosso), veio a frase: "Como vai? Tudo bem?". Esse foi o estopim pra mulher virar para ela e dizer: "Não... sabe... e depois disso foram-se algumas horas daquele diálogo quase inesperado à porta de casa. A mulher realmente achou que aquela pergunta retórica tinha um real valor. Ela se importava.

Desde o dia que ouvi essas história passei a ficar mais atenta aos meus "tudo bem?". é verdade que escapa de vez em quando, na correria do dia e no condicionamento dos diálogos prontos. Mas, geralmente, quando pergunto "Como vai? Tudo bem?" já me preparo pra realmente me importar com a resposta que vier. Principalmente quando se passa por momentos que tudo que você queria era alguém que realmente se importasse.

Então, lá estávamos eu e meu amigo triste. Até notei que ele não queria muito papo.. respeitei. Mas não poderia deixar de dizer: Eu me importo.
Isso faz bem não só aos outros, mas a nós também. Desmecaniza, Desabitua a postura impessoal e distante que aprendemos a ter por conta da correria do dia-a-dia ou por causa do habitual mau humor das massas com tudo de ruim que acontece neste nosso mundinho. Faz com que olhemos pros olhos do outro.. ao invés de somente pro nosso "umbigo".

Então, hoje acordei me sentindo em renovação. Com a certeza que mesmo que tudo esteja negro, tem sempre uma saída (nem que seja no Banco Central, como no túnel dos moços aqui em Fortal....rs).

Sempre tem uma luzinha, nem que seja o brilho do olhar do amigo ou das palavras reconfortantes que nos dizem: "Pode contar... EU ME IMPORTO".

Beijinhos doces...

Cauzinh@...