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15 fevereiro, 2007

Das Mulheres...



Que são sempre antenadas, preparadas, instigantes, irritantes, amantes, deslumbrantes, a gente já sabe.
Mas nós mulheres estamos tomando um outro posicionamento.
Deixamos as alas feministas para sermos femininas, sem no entanto sermos subservientes.
Passamos a não só ter idéias próprias... executamo-nas.
Deixamos de parecer o sexo frágil, parecer o sexo forte, para sermos frágeis mesmo quando somos fortes.
Tomamos posse dos nossos sentimentos, e controle. Até do sexo. Hoje nos damos direito a fazer amor ou sexo, dependendo de quem onde e por quê.
A sociedade masculina posta ainda não assimilou bem isso vindo de um corpinho cheio de curvas, voz doce e boca vermelha. "Isso é coisa de homem!"
Mas veja só, aprendemos a ser 'cafas' também... e o melhor... a não ter vergonha disso.
Ah!!! Generalizei, lógico... tem muita gente que adora fazer cara de "Amélia puritana", mas bem que se solta quando quer. E também lembrar que sentimento alheio não é parque de diversão.
O Ponto, entretanto, é que nos permitimos. Não precisa ser, fazer, ou viver aos quatro ventos proclamando isso (isso é coisa de movimento feminista queimando sutiã em praça pública - nem faz mais sentido em tempos de silicone).
Nos permitimos o direito de amar, principalmente a nós mesmas antes do outro, do filho, do homem, da humanidade.
Não é egoísmo, nem 'cafagestagem', é um acerto de contas com quem passou a vida inteira achando que era tudo, linda, mãe, maravilhosa, gostosa, santa, puta, presente, sonhadora, frágil, batalhadora... mas sempre tudo isso para servir. Agora é um acerto de contas consigo mesma... saber que só precisa ser MULHER.

E neste raciocínio achei uma pérola no YouTube. Uma animação muito legal para a música Dream A Little Dream Of, com a Musa Ella Fitzgerald e o Eterno Louis Armstrong. É muito interessante a forma como eles colocaram a posição da "mulher" e do "homem". Veio-me a sensação que de "caça" passamos a "caçadoras". Espero que em algum momento entendamos que pra isso não precisamos perder caráter ou feminilidade, nem muito menos abrir mão da felinidade.
Não esqueçamos: Hay que endurecer, pero sin perder la doçura jamás - (Che Guevarra)
Espero que gostem...


por Cau Alexandre