POEMA ENTALADO
Cau Alexandre & Jeanne Chaves
Entre a garganta e a mão,
Não pinga, nem jorra ou escorre,
É nó no poço do pensamento
Sem entornar uma única gota
Onde se afogue em carícia
A mão deságua sentimento.
É ave sem ninho no inverno,
Sem eira nem beira onde possa pousar,
É a fuga do tempo deixando a poeta
Desnuda de si, de espaço e lugar.
É borrasca sem chão para escoar.
*21/05/2009*
(Ao pé da nossa janela, 2010)