06 setembro, 2021

Entre a garganta e a mão...


POEMA ENTALADO
Cau Alexandre & Jeanne Chaves

Entre a garganta e a mão,
Não pinga, nem jorra ou escorre,
É sempre sede e mais um se não...

27 agosto, 2021

Filha do tempo...

 PERDIDA

Cau Alexandre

Ando perdida de mim

Filha do tempo

Que órfã ficou

26 agosto, 2021

Verdades Sentidas...

 


AMO VOCÊ

Cau Alexandre

Cantaria você em verso e prosa,

Em rimas ricas e cruzadas,

25 agosto, 2021

Traduções...

Peintre figuratif, Francoise Amadieu.

ATREVIDA...

                                                  Cau Alexandre

Procurei as palavras certas

Para dizer o que eu sentia.

24 agosto, 2021

O meu caminhar...

 

TODOS OS CAMINHOS DO MUNDO

Cau Alexandre


Trago em mim a inquieta fome

De andar na estrada do pensamento

De guardar na retina a surpresa da beleza

18 fevereiro, 2019

Amor de letras...


SOBRE AMOR E LIVROS

28 março, 2015

Estar em Casa...

MEU LAR

Pequeno dicionário de grandes coisas...

15 outubro, 2014

Feliz Dia do Professor... Feliz?


CARTINHA RIDÍCULA

05 outubro, 2014

13 julho, 2014

Pérolas de Afrodite - 2. Memórias


ENTRE LIVROS E MEMÓRIAS 
   
Cau Alexandre

Ambos jovens
Ela, menina-mulher. Adolescente desajeitada, magrela de olhos vívidos. Achava-se feia, compensava na inteligência aguçada. Aluna.
Ele, rapaz. Recém formado, primeiro emprego. Professor.
Esperavam professor novo, mas não daquele jeito. 24.
Ela sentada no meio da sala. Equilíbrio entre os CDF e os da Geral. Uma bagunceira-estudiosa. Não se contentava em ser só 'isso' ou 'aquilo'.
Descrente do que via.
Ele: olhos castanhos, tão claro que esverdeavam. Primeira impressão. Não conseguia parar de olhar. Hipnotizada.
Ela: cara de marota. Olhos de ressaca. Boca.
A partir daí o equilíbrio fora esquecido. As aulas de literatura tiveram uma nova freqüentadora assídua das cadeiras fronteiriças. Perto dos olhos, percebeu a boca. Delineada pelo cavanhaque. Um quase delírio. Suspiro.
Feia? Não... Desengonçada. Adolescência. Atrevida. Olhar firme. Boca, meu Deus, que boca! Devia ser proibido a alguém tão jovem ser provida de uma boca tão libidinosa.
E por aí foram.
Alencar, Álvares, Dias, Varela e Azevedo... Também Alves, o Castro.
E entre as Iracemas e Martins, Helenas e Estácios e Bentos e Capitus... A preferida, seguiram.
Não perdia aula, nem quando a febre era mais forte. Os apelos dos pais... O incêndio interno era maior. A contra-vontade de sair mais cedo. Mau estar, febre.
Descobriu outro prazer. Pedir para sair deu-lhe a visão perfeita das mãos. Grandes. O toque, no pulso. A temperatura... O coração já acelerado acertou o caminho e estava na reta final da garganta. Macia, pelúcia, delicada mão de homem. Delicada? Homem das letras.
Foi pra casa como quem ganhou um prêmio.
Fim de semana de cama, sorriso besta na cara. As mãos não se lhe saiam da memória táctil. Juntou-se a boca e aos olhos.
Retorno.
Augusto, Raul, Aluízio, Machado... Ah! Machado, o de Assis.
Ela passou a devorar-lhe as carnes de papel com o mesmo prazer que os vermes fizeram a Brás Cubas, depois da dedicatória póstuma.
Ele, fino admirador... Falava de Machado com que orando, adorando um ídolo.
Ela, como iniciante, devorava-lhe as palavras com ouvidos jovens e sedentos.
Devorava-lhe o sentimento de inquietude.
Ele não a olhava nos olhos. Ouvia estrelas.
Ela perdia o senso. Tremia...
Provas, trabalhos, longos textos. Esses nunca o satisfaziam. Sempre aquém do devido. Zangada. Vontade de escarrar-lhe na boca... Mas antes deveria haver o beijo.
Mário, Oswald, Graciliano, Manuel, Drummond.
E uma pedra no caminho do João Gostoso. Final de ano.
Tristeza nos olhos do retrato. Cecília.
As reposições de aulas nunca foram tão boas... Sábados agradáveis embalados pelo som da sua voz de quase-homem. 'Quase' por picardia dela. Fomentar.
Correndo os olhos passaram por Clarice, Guimarães e Nelson, o Rodrigues. No qual o seu desejo adolescente esperava demorar-se mais um pouco. Alimentava-lhe a alma latejante. Desdém. Rapidez nunca a agradara.
As férias tinham um sabor agridoce, ou um sem sabor e, finalmente, vieram.
Felizes todos conseguiram seu intuito, era hora de descanso. Guardar livros e lembranças.
E o beijo? Ah! Deve ter sido coisa que Helena sonhou, entre os olhos de Capitu e a boca de Brás Cubas.


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(Postado em 31 de maio de 2007)

07 julho, 2014

Pérolas de Afrodite - 1. Caminhos


ALEGORIA PARA OS PÉS CANSADOS

04 julho, 2014

Pérolas de Afrodite



De acordo com a mitologia grega, quando Cronos cortou as genitálias de seu pai Urano e as jogou no mar, o seu esperma teria fecundado a água e da espuma surgiria "aquela que brilha da espuma", e como a mais bela pérola surgiria Afrodite.

Afrodite é a deusa do amor, da beleza e da sexualidade na mitologia grega. Ela rege a paixão, o impulso avassalador que move o ser humano e não somente para o sexo, mas para tudo o inquieta, o faz tremer, o impulsiona e impulsivamente o atrai, como a beleza, a arte, a melodia, a vida!

Afrodite é a imagem do ativo, energético, forte, impetuoso, veemente universo feminino. Um universo cheio de paixão, beleza, loucura - algumas vezes - e histórias fantásticas e inimagináveis, dentro de momentos absolutamente comuns do dia-a-dia de qualquer mulher.

Aqui começo uma jornada interior e exterior. Garimpando entre histórias que já escrevi e criando novas que retratam e pintam esse fantástico universo feminino, e reverberam em todos os lugares de nossas vidas... Tais como Afrodite, nascidas da espuma do mar e brilhantes como pérolas!

Cau Alexandre

03 julho, 2014

Muito vasto mundo...


VASTO MUNDO
Cau Alexandre

Olhou pela janela. Já era dia claro.

Fitou o mundo por um momento. Paquerou-lhe por aquela janela aberta. Sentiu a brisa matinal entrar e afagar-lhe o rosto. Respirou fundo. Percebeu que era o seu momento. Era hora de ir.

Saiu para nunca mais voltar.



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04 abril, 2014

De Presente...